segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Anseios

Água eu quisera ser, pela alegria
de te dar a beber meu próprio ser,
por tua sede, que eu não mataria,
para molhar teus lábios de prazer...

Vento eu quisera ser,  e à noite, iria
adormecida, te surpreender
ressonando em teu leito, e então seria
o ar que precisas pra poder viver!

Fogo eu quisera ser, e em rubras chamas
num delírio de amor, toda, abrasar-te,
para ter a certeza de que me amas...

Depois, para possuir-te, de verdade,
terra eu quisera ser! E disputar-te
ciumento, a morte, pela eternidade!!

José Guilherme de Araújo Jorge

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