quarta-feira, 3 de novembro de 2010

02/11 Dia dos Mortos Fernando Martins

No ocidente, hoje é dia dos mortos. Dia oficializado pela Santa Sé em 1311 após 400 anos de ser criado pelo abade frances Odilon.

No oriente, a concepção de morte é outra. Beira a poesia. O entendimento é que assim como a natureza segue um fluxo de existência em forma de ciclos, primavera nascendo, verão crescendo, outono dando frutos e inverno morrendo para logo renascer na primavera, na concepção do viver da filosofia oriental, o ser humano também segue um ciclo de existências. Um fluir chamado de samsara, palavra sânscrita que pode ser entendida por fluir, seguir.
Para o hindus, a alma humana, ou atman segue reencarnando nesta roda de samsara buscando o máximo de aprendizado até atingir a sabedoria plena, quando o atman, se liberta, transcendendo a existência se fundindo em Brâman, o principio da existência, o Divino.
Neste vai e vem, o atman vai percorrendo samsara eliminando carmas, termo muito utilizado aqui no Brasil que designa coisas ruins que acontecem e cujo conotação não está muito distante do significado real da palavra que significa exatamente o lidar com os acontecimentos do mundo e cuja interação traz aprendizado.
Seja qual religião a sua, a idéia de uma vida além da morte, sempre se faz presente, sendo que, como dizem os kardecistas, a reencarnação é uma questão de justiça. Justiça com as almas que cumpriram seu papel neste vida e que merecem voltar em outras para aprender mais e mais...
E, crendo ou não em reencarnação, em paraíso, em samsara, ou outra conotação que seja, importante sabermos que nossa existência neste mundo, deve ser aproveitado ao máximo. Que cada dia que nasce, nasce uma possibilidade de fazer bem a alguém e a si mesmo.
Vivamos este dia dos mortos, por um lado lembrando dos nossos mortos mas por outro, vivendo intensamente a vida que ainda nos pertence.



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