

terça-feira, 30 de novembro de 2010
Sobre carma do livro Comer, Rezar e Amar
Que interessante. Céu e inferno não são idéias sobre os quais eu tenha ouvido falar muito no hinduísmo. Os hinduístas veem o universo em relação ao carma, como um processo de circulação constante, ou seja, você na verdade não "vai parar" em nenhum lugar ao final da vida, nem no céu, nem no inferno mas simplesmente se recicla de volta á terra novamente sob outra forma, de modo a solucionar quaisquer realcionamentos ou erros que tenha deixado sem conclusão da última vez. Quando finalmente ayinge a perfeição, você sai completamente do círculo e se dissolve no vazio. A ideia de carma pressupõe que céu e inferno só são encontrados aqui na terra, onde temos a capacidadede criá-los, fabricando o bem ou o mal conforme nosso destino e nosso caráter.
Sempre gostei da idéia de carma. Nem tanto por seu significado literal. Não necesariamente porque acredito que já fui a barwoman de Cleópatra, mas de maneira mais metáfora, porque, mesmo no espaço de uma vida, é óbvia a frequência com que precisamos repetir os mesmos erros, batendo com a cabeça nos mesmos velhos vícios e compulsões, gerando as mesmas conhecidas consequências tristes e muitas vezes catastróficas, até finalmente conseguirmos parar e consertar isso. Essa é a maior lição do carma (assim como da psicologia ocidental) cuide de seus problemas agora ou vai ter de sofrer de novo mais tarde, quando estragar tudo da próxima vez. E a repetição do sofrimento, isso é o inferno. Sair dessa repetição sem fim para um novo nível de compreensão é aí que você irá encontrar o céu.

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